sábado, 24 de março de 2012

[o fim dos dois anos]



Levi Nauter



Tô louco pra te ver chegar
Tô louco pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração
Eu não existo longe de você[1]


Maria,
hoje te acordamos com muitos beijinhos. Eu e a mamãe acordamos antes, ficamos meio que recordando sobre o dia 24 de março de 2009. Naquele dia não tínhamos a mínima ideia do teu nascimento. Era para ser apenas um exame. De repente, estávamos contigo nos braços. Aí não aguentamos, levantamos e fomos para o teu quarto (que a mamãe preparou enquanto a barriga crescia contigo dentro) e te enchemos de beijo. Sentir teu corpinho quentinho, notar-te respirando e sentir teu cheiro é uma das melhores coisas que existem. Em seguida começamos a cantar o ‘parabéns a você’. Esses pequenos momentos é que dão sentido a nossa família (comermos pipoca juntos, tomar sorvete, chimarrão, andar de bicicleta, cantar e dançar).
Tu és o melhor que me aconteceu. O amor que eu sinto por ti é indizível. Mas o pouco que eu consigo expressar vem pelas imagens. Lembro-me com grande alegria que foi enquanto tinhas dois anos que eu ouvi uma das melhores frases vindas de ti. Eu estava chegando do trabalho, por volta das 23h e 23h30m. Assim que eu abri a porta da garagem ouvi tua voz: “meu papai chegou”. Que abraço eu te dei. Queria mostrar ao mundo o tamanho do meu orgulho naquela hora, a imensidão da minha alegria. Nesses teus dois anos vimos as tuas frases a cada dia mais completas; o entrosamento com os coleguinhas da escola cada vez melhor (e, segundo as ‘tias’, a tua liderança sobressaindo na mesma proporção). Foi também nesse biênio que começamos a ter uma espécie de retribuição do carinho que te damos – tu vens repetindo o que te dizemos: querida, amor, presente de Deus, princesa, gatinha, bichinho, entre outras palavras que visam dar a dimensão carinhosa que tu mereces. E não adianta, a gente não cansa de dizer que te ama.
Já indo para o meio dos teus dois anos, tiramos todas as dúvidas que podia pairar sobre nós em relação ao teu gosto pela música. Ah, meu amor, nada paga te ouvir cantando e imitando a Teresa Salgueiro em “olha, está chovendo na roseira...”, nem tem paga te escutar ensaiando Garota de Ipanema. Vanessa da Mata, Daniela Araújo e até dizendo serem tuas músicas as da Colbie Caillat ou, ainda, repetindo sem parar o Your Love never fails na versão do Don Moen. As tuas danças no tapete também não tem preço. Outro dia, enquanto assistíamos o canal Vh1, lá estavas tentando imitar a Byoncé. Era cômico e lindo ao mesmo tempo.
O meu desejo é que tu, cada vez mais, continue assim crescendo e brincando. Cantando e tagarelando. Vivendo e aprendendo. Junto com a gente, sendo muito, muito, muito amada.
E como a gente sempre te disse, e agora beirando os três anos tu vens repetindo:
Eu te amo muito, muito, muito.









[1] Letra e música de Abdullah e Cacá Moraes, belamente interpretado pela Adriana Partimpim no seu primeiro disco. O DVD, presente de uma colega de trabalho, é uma das coisas mais ouvidas em casa no momento. 







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