terça-feira, 20 de novembro de 2012

[segunda-feira]



Levi Nauter



Filha maravilhosa,

Tivemos um feriadão. Somou-se a ele mais um dia de folga e ficamos (eu, a mamãe e você) cinco dias juntos. Brincamos, nos estressamos, passeamos, literalmente pintamos a casa por fora.

Como é terrível a segunda-feira!
A nossa casa é meu paraíso, o meu refúgio, um lugar de paz, um lar. Na nossa casa eu recupero minhas energias, eu tenho ideias que depois busco colocá-las em prática. Nela eu me reabasteço intelectualmente e, vez por outra, quando dá tempo, escrevo à caneta – um hábito que cultivo por teimosia e por entender que – para mim – funciona melhor que a tela do computador.
Mas eu disse tudo isso para tornar um pouco compreensível a minha segunda-feira.
É ruim não ter o teu sorriso pertinho de mim; os teus abraços, os teus beijos babados, as tuas falinhas sem sentido (“dióta” – como resposta a minha repreensão), os “eu te amo muito muito”. 

A melhor coisa que me pode acontecer é estar em casa com as minhas flores, você e a mamãe. Mesmo que vocês não falem comigo por algum motivo (por eu acordar mais cedo que vocês, por exemplo), só a presença de vocês já me basta. Apenas saber que vocês estão bem me deixa bem.

Ainda assim, não é fácil ficar longe de ti ao longo da semana.
E imagino que sempre será assim.
Porque eu te amo!!!



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